Terças - das 21 às 23h com Valdemar Engroff e Luigi Cerbaro
Sábados - 8h30 às 10h30min com Valdemar Engroff

sábado, 26 de abril de 2014

Momento da Cultura Regional 15! A fundação do 1º CTG do mundo!


O primeiro CTG do Rio Grande do Sul foi o 35 CTG, fundado em 1948, a partir dos estudantes do Colégio Júlio de Castilhos. 

Além de criar uma tradição gaúcha, era preciso desenvolver a cultura rio-grandense. Foi dentro deste espírito que nasceu a Ronda Crioula, estendendo-se do dia sete ao dia vinte de setembro, aproveitando a “Semana da Pátria”, e fazendo o “Fogo Simbólico da Pátria” se transformar em “Chama Crioula”, como símbolo da união indissolúvel do Rio Grande à Pátria. 

Paixão Cortes, um dos líderes do movimento, foi convidado para montar guarda de gaúchos pilchados em honra ao herói farrapo David Canabarro, porque seriam trazidos os restos mortais do herói de Santana do Livramento para Porto Alegre. 

Paixão Cortes, então, reuniu um piquete de oito gaúchos, e no dia cinco de setembro de 1947 prestaram a homenagem a Canabarro. Este piquete é conhecido como “Grupo dos Oito”, o qual foi a semente que levou à criação do primeiro CTG rio-grandense. 

Em 24 de abril de 1948, começou-se a realizar conferências, grupos de estudos, já com o CTG constituído em movimento. As atividades se dariam no auditório da FARSul. 

O 43º Congresso Tradicionalista Gaúcho reconheceu todos os fundadores do 35 CTG como pioneiros do Tradicionalismo organizado. Paixão Cortes foi o primeiro patrão de honra e o patrão oficial foi Antônio Cândido da Silva Neto, sendo Glaucus Saraiva patrão quando da fundação. 

Antônio Fagundes assumiu em 1956 a patronagem do 35 CTG, com apenas 21 anos de idade. O nome deste Centro de Tradições foi escolhido em homenagem à Revolução Farroupilha, que teve seu início em 1835. A entidade se destacou pelo modelo organizativo do desenvolvimento tradicionalista, até porque outras entidades possivelmente já existissem, mas não para propagar o Rio Grande do Sul como cultura. Por isso o 35 CTG é considerado o pioneiro a levar o tradicionalismo do Rio Grande além das fronteiras. Portanto, a tradição gaúcha dos CTGs se tornou um marco histórico do século XX no Rio Grande do Sul como a principal cultura do estado.

Fonte! Chasque publicado no sítio Gente, Lugares e Coisas, dos pagos da cidade gaúcha de Horizontina,  em 2011. Abra as porteiras: www.ruieloiarend.blogspot.com.br/.

Fonte do retrato: www.35ctg.com.br



Este chasque levamos para o programa Gritos do Quero Quero, edição do dia 26 de abril de 2014. 

sábado, 19 de abril de 2014

Momento da Cultura Regional 14! O folclcore da páscoa



A Pascoa ou Semana  Santa é o conjunto de elementos culturais espontâneos europeus ligados a textos bíblicos.  
Páscoa vem do hebreu Pessach que significa a passagem da escravidão para a liberdade.
O Pessach simboliza o fim da escravidão do povo judeu no Egito e as provações sofridas até chagar a Terra Santa. 
OS DIAS DA PASCOA OU SEMANA SANTA 
Domingos de Ramos - O domingo que antecede a pascoa foi implantado na Europa como festa eclesiástica desde o século VIII.
Quinta feira Santa – Procissão de Cristo – Guardam a Eucaristia.
Sexta Feira Santa _ Recomenda de Almas, Matracas substituindo os sinos cujo soar é proibido. Jejum e abstinência de carne. O rito do fogo novo de origem hebraica revive a queima de Judas.
Na Sexta Feira Santa o túmulo pascal onde é colocado o santo sacramento, é encenado a guarda de Pilatos e o túmulo são guardados até domingo de madrugada.
Sábado – Preparo da cesta pascal, cordeiro, açúcar com manteiga, carne assada, salame, pão, bolo com frutas secas, sal pimenta, ovos cozidos.
O alimento é benzido na igreja. Em casa a família reparte o ovo bento.
Domingo – Todos se reúnem aos pés do tumulo, quando o padre ergue a custódia com o Santo Sacramento os guardas caem no chão. Procissão em redor da Igreja.
As crianças acordam e vão procurar os ninhos de que foram escondidos na noite anterior pelos pais. 
O FOLCLORE DA PASCOA OU SEMANA SANTA 
Segundo Maynard de Araújo, a Semana Santa insere-se ao grupo das festas do Senhor, É móvel e tem caráter universal.
Rossini Tavares de Lima salienta que o folclore do ciclo da páscoa no qual se integra a Semana Santa, aparece como conjunto complexo de elementos culturais espontâneos, uns derivados de textos evangélicos e outros, de conceitos populares europeus.
O costume de levar a igreja uma palma, para que recebesse a benção da missa no Domingo de Ramos, implantado no século VIII por quase toda a Europa, tem como motivo determinante a festa eclesiástica.
Rossini partilha da mesma opinião de Arnold Van genes de que a partir dos testos evangélicos e do cenário que descrevem é que se organizou o folclore da pascoa.
A proibição de fazer soar os sinos da quinta freira ao sábado, assim como de executar música festiva, cantar, gritar em falar alto sugere recolhimento no período que medeia entre a morte de Cristo e sua ressureição, surgem então as matracas de diversos tipos, a imitação dos cristãos que batiam com pedaços de paus nas catacumbas, por falta dos sinos.
A interpretação popular do Evangelho, grande número de crendices e praticas magicas ou invenções autônomas afloradas neste ou naquele momento da idade média tem como ligação o período sagrado.
Surgem no ciclo de cerimônias litúrgicas as quais podem apresentar adições folclóricas: procissões, peregrinações.
As representações dramáticas da Paixão de Cristo que se relacionam diretamente aos mistérios e milagres medievais.
O rito do fogo novo, de origem hebraica na expressão da queima de Judas, sobreviveu nas prescrições históricas e mesmo no rito romano, recodificada.
O FOLCLORE DO DIA DE PASCOA
O Ovo enfeitado oferecido como presente de Páscoa é uma tradição que começou na idade média, para ocidentais. Séculos antes os chineses usavam colorir ovos cozidos que eram distribuídos os amigos na festa da primavera. O costume foi trazido ao ocidente por missionários e o colorir ovos tornou-se arte requintada.
O uso de ovos na pascoa data pelo menos do século XIII, quando os estudantes das universidades de Paris, rapazes iam cantar saltas na porta da Catedral e depois organizados em procissões faziam colheita de presentes pascais, ovos especialmente. Distribuíam aos amigos, parentes, vizinhos e eram tingidos de azul e vermelho.
O Ovo de páscoa moderno apareceu em 1814, quando se iniciou o desenvolvimento da indústria de chocolate, depois de 1914, apareceram no Brasil (fabrica Neugebauer do Rio Grande do Sul),  especialmente nas grandes cidades do sul.
No Século XVII e Século XIX apareceram os cestinhos de ovos nos gabinetes dos reis.
O costume de oferecer ovos é comum a todos os povos católicos
Fonte! Este chasque é a nossa mensagem de Feliz Páscoa a todos os ouvintes da Rádio Acácia FM,  deste terra que chamamos de mundo e que está publicado no sítio do Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore - IGTF. Abra as porteiras clicando em www.igtf.rs.gov.br/
Este chasque levamos para o Programa Gritos do Quero Quero na edição do dia 19 de abril de 2014. 

sábado, 12 de abril de 2014

Momento da Cultura Regional 13! Barbosa Lessa, uma obra "soterrada" pelo tradicionalismo


Após assistir um documentário até então desconhecido por mim, sobre Luiz Carlos Barbosa Lessa, tive mais certeza de dois aspectos que envolvem este ilustre intelectual brasileiro.
 
Primeiro que sua obra ainda não foi totalmente desbravada, explorada e conhecida de perto, precisa urgentemente ser “apossada” por nós, precisamos usá-la integramente nos mais variados campos do conhecimento, pois a mesma se aplica e tem links que se conectam com os mais variados temas do cotidiano humano, não ficando restrito apenas a nossa cultura folclórica do Rio Grande Sul.

E segundo, que o Tradicionalismo acabou “soterrando” sua obra. O Dicionário nos explica que o sentido desta palavra Soterrado “é estar metido por baixo da terra, estar coberto de terra.” Uso aqui o sentido de encobrir com um espesso manto, ocultando outras potencialidades que mesma pode ter, e vir à luz, daqueles que a procuram, ou então, se apercebendo por apenas este viés, não tem contato com outros aspectos da construção teórica de Luiz Carlos Barbosa Lessa.

O poeta e também advogado Juarez Machado de Farias, escreveu seu Trabalho de Conclusão de Curso abordando um importante olhar sobre a obra deste o qual nos propusemos a traçar estas reflexões, também mencionando o envolvimento Tradicionalista. O trabalho intitula-se “A Obra Literária de Barbosa Lessa Como Ferramenta Pedagógica de Valorização do Povo Negro”. 

Transparece-me que o senso comum, ou os poucos que não fazem parte das agremiações tradicionalistas, somente conhecem a obra de Barbosa Lessa, ou parte dela, vinculada a o cabedal teórico que permeia as cartilhas “cetegistas”, olvidando assim, que este autor desenvolveu vários projetos no campo da poesia, da musica, da ecologia, do jornalismo e etc... Fragmentando assim sua contribuição para a cultura geral, em diversas ramificações, e não atendo se assim apenas ao Tradicionalismo. Talvez, seja este sim o assunto a qual ele mais se dedicou, mas o que aqui eu proponho fazer é que possamos desvincular este tema, e lançar um olhar mais aprofundado sobre sua obra literária, onde o mesmo aborda e questiona importantes temas sociais, de uma realidade marginalizada tão atual em nossos tempos.

Ele também teve uma preocupação grande, quase que uma devoção, ao povo negro, por entender que sem a permanecia e vinda deles para este continente, este País não seria o que hoje é. Ele foi o primeiro a compor uma musica com ritmo afro em um festival Nativista em nosso estado. Estudava profundamente a língua Tupi Guarani e sua influencia no nosso dialeto, com suas interferências nas lendas e causos que ele recolhia nos rincões mais ermos deste estado. Conhecia muito sobre as propriedades medicinais das ervas, sempre foi um grande observador e leitor deste livro monumental que é a mãe natureza.

O que proponho é que possamos ver Barbosa Lessa além do Tradicionalismo, que possamos pesquisar ele e sua obra, de uma forma nítida e não influenciada pelo tradicionalismo.

Seus contos abordam vários aspectos sociais, abordam as mazelas econômicas que tão fortemente até os dias atuais atingem os moradores das zonas rurais, saindo daquele modelo clássico de entendimento de como o gaúcho é visto e pensado, ou seja, como um herói, uma figura romantizada e épica.

Seus escritos quando lidos merecem um estudo mais acurado das situações que envolvem seus personagens, pois não raro os leitores leem de uma forma rasa e superficial, não refletindo nas questões psicológicas e sociológicas que aparecem como pano de fundo de sua narrativa.

Precisamos analisar digamos toda a “geografia” que envolve seus contos, seus personagens, suas metáforas e suas ironias, Barbosa Lessa como um autor inteligente que era, pensou em passar informações subliminares que suscitasse á seus leitores a reflexão quando decorriam os quadros narrativos literários, ampliando o “horizonte” de entendimento de sua obra e não somente com as simples ideias descritivas.

O leitor precisa estar atento a isso, e quando ele se da conta, que pode extrair mais informações que o texto oferece a possibilidade para conexões com outros paralelos de discussão, sua obra sobremaneira se torna mais rica, interessante e estimulante. Fato este que nos permite trabalhar sua obra em vários outros campos do conhecimento, além das paredes de um mero centro de tradições gaúchas.

Fonte! Chasque de Alan Otto Redü publicado no sítio Prosa Galponeira. Abra as porteiras clicando em www.prosagalponeira.blogspot.com. Retrato de Beatriz Colombelli.

Chasque levado para o programa Gritos do Quero Quero da Rádio Acácia FM, que foi ao ar no dia 12 de abril de 2014. Fonte do Retrato: http://ctgsinuelodosul.wordpress.com

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Especiais Acácia: IRAN MAIDEM

Bueno! Pra quem é chegado num rock bagual dos bons, dos antigos, mas super atuante, fique do outro lado do rádio no dia 11 de abril, na Rádio Acácia FM 87,9, com o âncora Sérgio Pires.

Abra também as porteiras do teu computador e sintonize a nossa emissora. Abra as porteiras clicando em www.acaciafm.com.br

sábado, 5 de abril de 2014

Momento da Cultura Regional 12! Estariam os Festivais Nativistas em Decadência????



O pioneiro dos festivais nativistas
O que estaria ocorrendo com determinados festivais nativistas do Rio Grande do Sul?

Para alguns analistas do assunto e entendidos na matéria as castas criadas entre os eventos, estariam colocando em risco a credibilidade dessas promoções às quais deveriam resgatar a verdadeira história cultural em sua plenitude.

Segundo eles, o que se constata hoje são triagens musicais sem qualquer critério, e com letras escritas as quais não tem nada com o tema central, e pelo volume de inscrições deveriam ter mais tempo na analise, pois entre 800 a 1.000 inscritos é totalmente impossível uma avaliação coerente em apenas dois ou três dias para uma avaliação criteriosa.

Com essa precipitação na escolha de quem sobe ao palco, a correria acaba ocasionando os mais diferentes problemas, deixando-se de lado o tema central dos festivais na berlinda. Em alguns casos dizem os analistas, que a escolha na maioria das vezes recai sobre os amigos de quem escolhe, e de quem promove, quando isso não estaria ao interesse de produtores os quais indicam jurados, e artistas para os intervalos, quando estes mesmos produtores acabam sendo empresários no setor, conhecidos como a lei de Gerson " Gostam de levar vantagem em tudo".

E esses mesmos analistas afirmam ainda, que diante dos atropelos acabam ficando de fora trabalhos excepcionais com nomes importantes na vida cotidiana da música gaúcha, e  que logo ali suas músicas estarão fazendo sucesso em CDs, mas por birras de alguns interessados no assunto acabam deixando esses trabalhos de lado.

Os conhecedores culturais são defensores que  os Festivais Nativistas deveriam ser revistos em todo seu conceito, e até mesmo interrompe-los por um período para uma profunda analise da atual situação, sob pena de logo ali ficarem somente na história dos municípios organizadores.

Para estes conhecedores, se persistir a forma como está, os festivais nativistas por certo vão cair no descrédito de patrocinadores, e até mesmo diante do público.

Os mesmos destacam ainda que a desorganização em alguns eventos do gênero chega a tal ponto que existem mais chefes do que índios, eis que os locais dos eventos acabam tornando-se em verdadeiros palcos políticos, ocasionando até mesmo o atraso, deixando a plateia irritada.

Os próprios analistas de festivais destacam que ao persistir a forma como eventos vem sendo conduzidos, a dispersão do povo será ao natural, quando então somente organizadores farão parte desta plateia. E quem ficará no prejuízo além do público, são os próprios músicos que acabam banidos deste contexto.

Para tais analistas a falha organizacional, e o desinteresse dos gestores em mudar este conceito somente fortalecerá ainda mais as confrarias espalhadas pelo estado, pois é lá que está ressurgindo esse novo conceito musical no mundo nativista. 

Fonte do chasque: www.radiocidadesa.com.br. Publicado no Sítio Identidade Campeira. Abra as porteiras clicando em www.identidadecampeira.blogspot.com 

O presente chasque foi levado para o Programa Gritos do Quero Quero da Rádio Acácia FM, no dia 05 de abril de 2014. Crédito para o retrato: http://produto.mercadolivre.com.br