Terças - das 21 às 23h com Valdemar Engroff e Luigi Cerbaro
Sábados - 8h30 às 10h30min com Valdemar Engroff

domingo, 23 de maio de 2021

Rede Carnetti investe em Alvorada trazendo novos empreendimentos

São ações que devem modificar a cidade, entre elas a duplicação da ponte da Gleba

Centro de Distribuição Carnetti, em Alvorada / Foto: Magno Derlon / Especial / OA

São muitos os investimentos surgindo na cidade, principalmente ao longo da avenida Presidente Getúlio Vargas, nos últimos meses. Prédios sendo erguidos, terrenos recebendo terraplanagem e obras iniciando… tudo isso em tempos de pandemia.

Um dos investidores é a rede de supermercados Carnetti, que está no município desde 2005, quando adquiriu o imóvel da travessa Antonio Vieira, bairro Sumaré, onde hoje funciona o Centro de Distribuição e o setor administrativo da empresa. 

Centro de Distribuição em Alvorada / Foto: Magno Derlon / Especial / OA

Parte do estoque da rede Carnetti / Foto: Magno Derlon / Especial / OA
Ao longo desses 16 anos o empresário Itamar Luiz Lorenzatto, conheceu a cidade e viu o potencial econômico existente e foi surgindo o interesse por novos investimentos.

E a intenção é ampliar, ainda mais, sua presença em Alvorada, com a instalação de mais dois empreendimentos, um no bairro Americana e outro no Centro da cidade, gerando cerca de 500 empregos diretos.

Enquanto isso não acontece, Carnetti marca presença com a duplicação da ponte da Gleba, que deve ser inaugurada em breve, e a doação de um terreno que possibilitará a ligação das ruas Caetano Dihl e Nova Prata. Estas são contrapartidas apresentadas pela rede frente aos investimentos que ainda surgirão.

Duplicação da ponte da Gleba aguarda inauguração / Foto: Magno Derlon / Especial / OA 

Terreno foi doado para acesso entre as ruas Caetano Dihl e Nova Prata / Foto: Magno Derlon / Especial / OA  
Por que Carnetti

Nos anos 90 Itamar Lorenzatto, natural de Caxambu do Sul/SC, revendia produtos da colônia, seus e de vizinhos de Casca/RS, em pequenos estabelecimentos de Porto Alegre. Um deles, localizado no bairro Sarandi, chamou a atenção pelo constante movimento e vendas.

Assim, em janeiro de 1997, os Lorenzatto assumiram as atividades do Supermercado Carnetti. O nome, original do empreendimento, permaneceu por sugestão do proprietário do prédio, e foi aceito pois havia uma tradição de mais de 30 anos de atendimento.

‘Sob nova direção’, as vendas cresciam a cada período e surgiu o interesse dos clientes em comprar em grandes quantidades, o que levou Itamar a inaugurar, em 2003, o Atacado Carnetti, também no Sarandi.

“Nosso público é basicamente classe C, oscilando entre D e B, o que nos torna atrativos para um grande público”, comemora o empresário ao avaliar Alvorada como um mercado muito promissor.

Supermercado Carnetti, no bairro Sarandi, em Porto Alegre / Foto: Divulgação / OA

Supermercado Carnetti, no bairro Sarandi, em Porto Alegre / Foto: Divulgação / OA
Fonte! Chasque (reportagem) publicado no dia 24 de março de 2021, no galpão (site) oficial do O Alvoradense. Abra as porteiras clicando em https://oalvoradense.com.br/rede-carnetti-investe-em-alvorada-trazendo-novos-empreendimentos/?fbclid=IwAR1fsn4NHK-XBrhlThDSzx0rknYq9vIWZrHFZTwQEiv54kdEo6n5RTWiLV4

Rede Polo inaugura operação em Alvorada em ponto da ex-Rede Dia

Será a quinta loja da rede no RS; em abril, grupo inaugurou a unidade de Campo Bom

Será a quinta loja da rede no RS; em abril, grupo inaugurou a unidade de Campo Bom / Rede Polo - Divulgação / JC

A Rede Polo Supermercados erguerá as cortinas da primeira operação em Alvorada, às 8h desta quarta-feira (19). Esta é a quinta loja que o grupo abre no Rio Grande do Sul, após aquisição das 57 unidades da ex-Rede Dia no Rio Grande do Sul.
 
Instalada na Estrada Frederico Dhil, 902, a nova loja funcionará no mesmo ponto da unidade da ex-Rede Dia no município, e chega repaginada, após investimento de R$ 2 milhões. Os 1.200 m² de área de venda foram adaptados com balcões e equipamentos de perecíveis, como açougue, friambreria e padaria, além de um laboratório de produção de pães. "Também há um espaço para hortifrútis, mix de 4,5 mil itens de mercearia e depósito", resume o diretor executivo da Rede Polo, Fabiano Mussi.
 
Com base em Lajeado, no Vale do Taquari, a empresa que já contava com outras 11 unidades no Estado, iniciou uma série de inaugurações das lojas adquiridas da ex-Rede Dia em dezembro de 2020. A primeira a abrir as portas após o processo de reforma e adequação das novas estruturas foi a nova filial de Gravataí. Em janeiro, a Rede Polo inaugurou a loja de Esteio, e nos meses seguintes, abriu as lojas de Canoas (fevereiro) e Campo Bom (abril).
 
Para que seja possível oferecer a operação completa (visto que a antiga marca vendia somente carnes a vácuo e não tinha áreas de açougue, padaria, confeitaria e fiambreria), todas as unidades estão passando por reforma.
 
"O valor do investimento é o mesmo, pois precisa do mesmo tipo de adequação para a área de frio alimentar, independentemente do tamanho das lojas, apesar da maioria ser padrão", explica Mussi, emendando que com exceção da unidade de Esteio (600m²), as demais ocupam áreas entre 1.000 m² e 1.200 m².
 
Ainda de acordo com o diretor-executivo da Rede Polo, na última semana de junho será inaugurada a loja de São Leopoldo, atualmente em obras. A exemplo das demais unidades, a operação funcionará no mesmo ponto que era ocupado pela filial da ex-Rede Dia no município. "Dentro do estudo de viabilidade econômica já temos previstas outras quatro lojas para este ano", informa Mussi. "Confirmado, temos os municípios de São Jerônimo e Venâncio Aires." Segundo o executivo, ainda não há planos concretos para a capital gaúcha.
 
Fonte! Chasque (reportagem) publicado na edição do dia 18 de maio de 2021, do Jornal do Comércio de Porto Alegre (RS).

sexta-feira, 21 de maio de 2021

Coluna Tradição e Cultura do Jornal A Semana de Alvorada (RS) - 21.05.21

 Chasque da Subcoordenadora de Alvorada

         Mais um evento de cunho social é posto em prática dentro do atuante Movimento Tradicionalista local. A iniciativa é da Anita de Alvorada 2021, a Fabiana Thomaz, com o apoio incondicional da Subcoordenadoria local, do CTG Sentinelas do Pago e do Projeto Menotti Garibaldi. Trata-se da campanha “leite e bolacha solidários” e as doações devem ser direcionadas à sede (galpão) do CTG, até o dia 19 de junho, aos sábados, das 14 às 17h, a partir do dia 15 de maio.

         Segundo a Fabiana, os produtos arrecadados serão distribuídos para pessoas abaixo da linha de pobreza, no Sítio dos Açudes e adjacências. Informações pelos fones waths (51) 984.311.358 com a própria Fabiana ou com o Subcoordenador Jair Martins pelo fone waths (51) 999.994.513. O CTG fica na Rua Porto Alegre, 216, no bairro Maria Regina.

Campanha do Agasalho

         Com o inverno chegando e com o frio mais rigoroso, os tradicionalistas locais botaram pra rua a Campanha do Agasalho deste ano. É a terceira campanha do agasalho realizada pelo Projeto Menotti Garibaldi, com o amplo apoio da Subcoordenadoria do tradicionalismo local e com a participação das entidades tradicionalistas (CTGs) da nossa cidade e mais a Hamburgueria Tradição (Av. Frederico Dihll, 4159), que serão postos de coleta. Portanto, é hora de dar uma revisada nos roupeiros e dar um destino em peças de roupas, e entre estas, blusas, casacos, cobertores e calçados, para as pessoas mais necessitadas da nossa cidade (principalmente para as crianças) e levar tudo isso para a entidade tradicionalista mais próxima da tua casa. Faça a sua doação até o dia 5 de junho. Também, nestes postos de coleta são aceitos alimentos não perecíveis. Mais informações com o Subcoordenador de Alvorada Jair Martins pelo fone Waths (51) 999.994.513 ou com a Marta Beyer pelo fone waths 993.832.772.

1º Rodeio Intermunicipal de Alvorada

Esta é mais uma iniciativa da Subcoordenadoria do tradicionalismo local e do Departamento Cultural de Alvorada, que têm a honra de convidar os amigos tradicionalistas e simpatizantes da cultura regional gaúcha, para participar do 1º Rodeio Intermunicipal de Alvorada, que será realizado nos dias 10 e 11 de julho do corrente ano.

Em breve teremos o regulamento do evento, e, devido às restrições impostas pelas autoridades por causa da pandemia do Covid 19, será virtual (online), nas seguintes modalidades:

- Declamação: feminino e masculino (mirim, juvenil, adulta e veterana)

- Interprete vocal: feminino e masculino (até 15 anos e acima de 15 anos)

- Causo: categoria única

- Dança de Par: mirim, juvenil e adulta

- Chula: Mirim e Juvenil

- Vaca Parada: 4 a 9 anos e 9 a 12 anos 

- Mostra Folclórica: mirim, juvenil, adulta e veterana

         As premiações serão para o primeiro e segundo lugares em cada modalidade. Inscrições Já estão abertas e são aceitas somente pelo chasque eletrônico (e-mail) culturalsub.alvorada2020@gmail.com.  Mais informações com o Subcoordenador Jair Martins pelo fone Waths (51) 999.994.513 ou com a Marta Beyer 993.832.772.

Valdemar Engroff

A vida e obra de Cenair Maicá, um dos troncos da música missioneira

Monumento a Cenair Maicá foi instalado em São Miguel das Missões em fevereiro e aguarda condições favoráveis para evento de inauguração / Letícia Belmonte / Divulgação / JC

Escutando Argentino Luna e Tránsito Cocomarola no toca-fitas, Cenair Maicá percorria com seu Chevette a rodovia RS 536 no Noroeste do Estado. Essa estrada é a que leva os viajantes da BR 285 até São Miguel das Missões, onde o cantor e compositor viveu nos anos 1970 e administrou o restaurante que recebia os turistas nas ruínas das reduções jesuítico-guaranis.
 
Agora, esse caminho possui um novo nome: "Rodovia Cenair Maicá". Pois, no ano passado, a Assembleia Legislativa aprovou um projeto de lei de autoria do deputado e músico Luiz Marenco, que propôs a homenagem.
 
É também na cidade de São Miguel que outro tributo está sendo preparado. Já está em pé desde fevereiro uma estátua de Cenair Maicá, de quatro metros de altura e quatro toneladas de concreto armado. Devido à pandemia de Covid-19, a festa de inauguração está adiada por tempo indeterminado, bem como a conclusão da praça no entorno.
 
Essa homenagem contou com fãs do missioneiro que realizaram uma campanha de arrecadação e o apoio da prefeitura municipal. A escultura é obra de Vinicius Ribeiro, autor de monumentos a outros artistas, como Jayme Caetano Braun, Mano Lima e Noel Guarany.
 
Desde que faleceu em 1989, Cenair Maicá se consagrou em uma série de reverências nos municípios em que viveu. Na terra natal, Tucunduva, e em Santo Ângelo, logo batizaram travessas com seu nome. A comunidade de São Luiz Gonzaga inaugurou um palco e os santo-angelenses instalaram um busto do cantor, confeccionado por Tadeu Martins, e um mausoléu no cemitério onde estão seus restos mortais.
 
Sua presença também se impôs postumamente nos palcos e fonogramas. Além do relançamento de alguns LPs em formato CD, em 2004, filhos, irmãos e sobrinhos reuniram-se e gravaram um primeiro álbum interpretando músicas de Cenair para marcar 15 anos de saudade. Uma década depois, gravaram outro.
 
Neste meio tempo, Patrício Maicá lançou um disco tributo ao pai, contendo uma canção inédita, Potranca tordilha, guardada pelo violonista Paulo Guerra, que o acompanhou nos últimos anos de vida em Soledade. O músico também esteve envolvido em uma série de shows realizados na cidade em homenagem ao colega. "Cenair era fantástico, muita simplicidade, mas muito conhecimento, um verdadeiro mestre", recorda.
 
As composições de Cenair Maicá são pedras fundamentais do repertório missioneiro. Trinta anos depois, seguem ganhando regravações, a exemplo das que Angelo Franco registrou para Balaio, lança e taquara e Mágoas de posteiro. "Todo missioneiro da minha geração já nasceu ouvindo, já nasceu fã do Cenair Maicá", afirma.
 
Mas de onde vem tanta reverência? Para compreender um pouco desta importância, buscamos nesta reportagem recuperar arquivos e depoimentos que ajudam a pontuar a trajetória de Cenair Maicá. Uma das principais fontes está na biografia escrita por Valter Portalete, que desvenda detalhes de sua vida e de sua morte, em 1989, por complicações nos rins, após uma série de problemas que teve desde a juventude, quando foi baleado.
 
Conversando com o filho Patrício, sabemos que seu pai era uma pessoa muito calma, embora artisticamente inquieto. "Pai estava à frente do tempo dele", afirma. E confessa que tem muita saudade: "Eu queria ver o pai vivo hoje, ver sobre o que estaria escrevendo". Nos últimos anos, Patrício tem se dedicado ao legado musical de Cenair Maicá, pois percebe que há reconhecimento. Por isso, emociona-se ao cantarolar uma das canções: "Mas se algum dia meu cantar for sufocado/ Por negra morte ou por capricho do destino/ Há de ficar meu canto xucro perpetuado/ No assobio de alguma boca de menino".
 
Já o historiador Tau Golin, amigo de diversas aventuras, define-o como um baita parceiro: "Gostava de encontros, de cantar no meio das pessoas". Ao mesmo tempo, lembra que Cenair era introspectivo, falava só o necessário. "Lá fora, encilhava um cavalo e saía sozinho pelo campo. Ficava contemplativo", recorda.
 
Além dos depoimentos de quem conviveu com o músico, acessamos arquivos que revelam sua própria voz. Um grande achado foi uma entrevista em áudio do acervo do Museu Antropológico Diretor Pestana.
 
Outro documento significativo foi uma edição da revista Tarca, em que Cenair conta histórias de quando foi participar de um show ao lado de nomes como Chico Buarque e Milton Nascimento, mas a censura acabou cancelando. Na revista, fala também das origens e do reconhecimento da música missioneira, em uma época em que predominavam os estilos de baile serrano e sertanejo.
 
Por isso, acreditava ter criado um novo estilo, ao lado de Noel Guarany, Pedro Ortaça, Chaloy Jara e Jayme Caetano Braun. "Acho que o músico, além de cantar as coisas bonitas, a alegria, tem que ser um porta-voz do povo", sustentava.
 
Cantor das águas e dos livres

Biografia do músico foi escrita por Valter Portalete e lançada em 2012/FURI/DIVULGAÇÃO/JC
Quando se pesquisa no Google o nome Cenair Maicá, chega-se a um conjunto de dados básicos. Na Wikipédia, lê-se que "foi um cantor e instrumentista brasileiro de música nativista, conhecido por cantar a natureza e os índios". Nos resultados da busca, enumeram-se seus três maiores sucessos: Canto dos Livres, Baile do Sapucay e Rio de minha infância. Para completar, a rede digital lista datas e locais de nascimento (3 de maio de 1947, Tucunduva) e falecimento (2 de janeiro de 1989, Porto Alegre).
 
Mas logo que se começa a pesquisar a fundo o ícone da música missioneira Cenair Maicá, por outras fontes menos informatizadas, notam-se incongruências. Por exemplo, quando se lê o livro Terra e cidadania na obra de Cenair Maicá (FuRi, 2012), de Valter Portalete, pode-se corrigir um equívoco repetido na internet a respeito de sua discografia. As fontes do ciberespaço omitem sua primeira gravação, o compacto duplo Belezas missioneiras, lançado em 1970 pelo selo Solar Discos. Em seu lugar, destacam o compacto simples que gravou acompanhando Noel Guarany, no mesmo ano, chamado Filosofia de gaudério.
 
Quando acessamos as plataformas de streaming, descobrimos que apenas Meu canto (1985) e Troncos Missioneiros (1989) estão disponíveis no Spotify e no Deezer. É preciso acessar o YouTube para conseguir ouvir outros álbuns, mas a discografia não está acessível de forma completa. Um dos vídeos mais acessados, com quase 300 mil visualizações, é o de uma apresentação no programa Oigalê Tchê, da RBS TV de Chapecó, em que canta ao lado de Chaloy Jara e Jayme Caetano Braun, no ano de 1984.
 
Ainda insistindo na pesquisa via internet, no site Letras.mus.br, encontramos na página destinada a Cenair Maicá suas 20 mais tocadas. Compilando os versos digitalizados, foi possível compor uma nuvem de palavras com o aplicativo Wordart.com. Desta forma concluímos que a palavra mais recorrente é "rio", seguida de "terra", "milonga" e "amor". Esse resultado oferecido pela tecnologia provavelmente não surpreende os fãs. Afinal, ainda em vida, ficou conhecido no popular como Cantor das Águas.
 
"Quem ouvir esta minha voz levantará"
Fundação de centro cultural nativista em São Miguel e uma universidade das Missões estavam nos seus planos / ARQUIVO VALTER PORTALETE/DIVULGAÇÃO/JC
Cenair Maicá elaborava teses: "Na verdade, o nativismo nasceu com Sepé Tiaraju nas Missões. Foi o primeiro nativista registrado na história. Um cara que se ergueu e morreu pela terra dele, pelas coisas dele, isso é a base do nativismo".
 
Afirmações prenhes de posicionamento como essa recheiam a edição número 5 da revista Tarca, publicada em setembro de 1984. Nela, uma entrevista de três páginas. Entre anúncios da CRT e JH Santos, o jornalista Adalberto Jardim afirmava que Cenair Maicá era uma das vozes mais respeitadas do meio artístico gaúcho. "Respeito que se impôs pela lucidez com que Maicá tem interpretado os sentimentos do homem simples, que não precisa se utilizar da linguagem rebuscada - e às vezes enganosa - para exercer um agudo senso crítico", escreveu.
 
Na revista, revela-se que o cantor estava "temporariamente afastado da atividade artística, por causa da saúde abalada". Havia seis meses enfrentava insuficiência renal, fazendo hemodiálise e aguardando para realizar um transplante de rim. Mas já projetava a volta aos palcos.
 
Pode-se observar na fala do músico críticas à falta de diversidade nos festivais nativistas e aos limites do movimento tradicionalista, embora reconheça o papel importante na preservação de raízes. Sobram reprovações também à "alienação bárbara e americanista" do Rock in Rio, e a Teixeirinha: "Distorceu que o gaúcho é fanfarrão, que mata 50, que dá tiro, que é agressivo". Por outro lado, fala de projetos, como a fundação de um centro cultural nativista em São Miguel e a criação de uma universidade das Missões.
 
Entrevista inédita

Noel Guarany e Cenair Maicá se apresentam juntos, mas discordam em entrevista
/ARQUIVO VALTER PORTALETE/DIVULGAÇÃO/JC
O Museu Antropológico Diretor Pestana, em Ijuí, guarda em seu acervo uma entrevista histórica, gravada em fita em 1982. A convite de pesquisadores, conversaram por mais de duas horas Cenair Maicá, Chaloy Jara, Dedé Cunha, Noel Guarany e Pedro Ortaça. Neste arquivo inédito, os músicos missioneiros comentam sobre a cena musical da época, avaliando a conduta dos CTGs e das gravadoras. Fazem comparações com a música folclórica argentina, que recebia subsídios governamentais para pesquisa e difusão. Dão aula sobre a cultura e a história das Missões, destacando o elo latino-americano, a origem do chamamé e a presença do bandoneon.
 
Com volume e firmeza na voz, Cenair intervém na conversa em diversos momentos, inclusive discordando de Noel Guarany em alguns pontos. Adverte que não se considera pesquisador, mas que canta o que aprendeu na infância. Fala da "infiltração" da música estrangeira, mais especificamente a norte-americana, que teria despertado a adesão dos músicos da região, por questão de sobrevivência. "Nós, os poucos idealistas que sobraram, resolvemos até trabalhar em outros empregos, mas conservamos a bela música que aprendemos", afirma.
 
Um dos assuntos mais abordados na conversa foram os festivais, dos quais participou muito mais como contratado para shows do que concorrendo. "Quem pode julgar a arte é o povo mesmo, e não meia dúzia de pessoas que se dizem intelectuais da música gaúcha", critica. Já quando perguntado sobre a diferença entre nativismo e sertanejo, Cenair destaca o romantismo. Observa que não há problema em cantar o amor, mas que o sertanejo cantava o amor "para fazer dinheiro". E com isso não concordava.
 
A trajetória breve e intensa de Cenair Maicá

Cantor e compositor queria ser porta-voz do povo, gravou sete discos e faleceu aos 41 anos
ARQUIVO VALTER PORTALETE/DIVULGAÇÃO/JC

A primeira posição que aprendeu no violão foi dó maior. Depois aprendeu gaita. Aos 10 anos já tocava e cantava nas rádios em Santa Rosa, em dupla com o irmão Adelque. Estes detalhes estão presentes na entrevista concedida à equipe do museu de Ijuí. Nela, também salienta que todos os seus oito irmãos tinham vocação musical (após sua morte, o que mais prosperou foi Valdomiro Maicá, autor de mais de 20 discos). Recuperando sua árvore genealógica, sabemos que seus três filhos mais velhos, Potiguara, Patrício e Miguel Caraí, são do casamento com Maria Geceli. Já Catira e Gabriel, que morreu aos 21 anos de leucemia, são filhos com Issara Hactz.

Cenair fazia questão de contar que ainda criança foi morar em Misiones, na Argentina, pois seu pai era balseiro e se instalou na região de fronteira. Essa experiência de vida teria marcado sua obra. Logo no primeiro álbum, Rio de minha infância (1978), convidou para acompanhá-lo dois grandes músicos argentinos: Chaloy Jara e Martín Coplas.
 
Seu biógrafo Valter Portalete recupera fragmentos importantes de sua importância no mercado musical. Em 1970, Cenair Maicá conheceu o empresário Arlindo Gagliotto, que lhe propôs a representação das gravadoras RDB, Solar Discos e Pampa Discos. Uma das primeiras duplas descobertas por Cenair foram as Gauchinhas Missioneiras. Diversificando sua fonte de renda, nesta época também foi representante das máquinas de escrever Olivetti.
 
Uma segunda edição ampliada da biografia de Cenair Maicá está sendo preparada pelo autor para este ano. O livro inclui histórias das parcerias com José Mendes, com quem tocou bailes, e com Noel Guarany, com quem venceu um festival em Santo Tomé. A partir daí passou a pesquisar e a compor sobre as Missões. Vivendo em São Miguel, também se aproximou de Pedro Ortaça. Seu filho Patrício relata que lá o pai "recebia os indígenas e fazia registros, como um antropólogo". Paralelamente, Cenair Maicá apresentava programas nas rádios Repórter de Ijuí e Sepé Tiaraju de Santo Ângelo.
 
Sua vida de radialista teria continuidade nos anos 1980, quando ingressou na Liberdade FM em Viamão, a convite do jornalista Paulo Mendonça. "Cenair pode ser considerado um dos compositores mais importantes de todos os tempos no Rio Grande do Sul. Suas canções possuem signos terrunhos e leveza universal", avalia.
 
Às voltas com a censura

Para a revista Tarca, artista conta que disco Canto dos Livres foi censurado em São Paulo
REPRODUÇÃO/JC
Um dos momentos marcantes de sua trajetória se deu quando a censura do regime militar impediu que Cenair Maicá cantasse uma canção que acabaria sendo um dos seus maiores sucessos: Canto dos Livres. Aquela que possui os versos: "Quisera um dia cantar com o povo/ Um canto simples de amor e verdade/ Que não falasse em misérias nem guerras/ Nem precisasse clamar liberdade".
 
Hoje, para revelar as memórias daqueles tempos, é possível pesquisar no Arquivo Nacional. Nele encontram-se documentos processados na Divisão de Censura de Diversões Públicas. Ao inserir as palavras-chave "Cenair Maicá" e "Canto dos Livres" no mecanismo de busca digital do arquivo, localizam-se apenas letras aprovadas pelos censores para gravação em disco e apresentação em festivais. Incluída Canto dos Livres. Então, quando teria ocorrido a censura? Em entrevista à revista Tarca, Cenair comenta o episódio: "Fomos pra São Paulo pra fazer o lançamento do meu novo disco e nos barraram lá. Trancaram o disco, dois meses censurado".
 
Em resenha do jornal Zero Hora de 1983, o jornalista Juarez Fonseca relata que a canção "teve execução em rádio proibida" e que Cenair estava aguardando a ação que a gravadora WEA havia promovido para liberá-la. Já Tau Golin, que organizava shows dos missioneiros naquela época em Santa Maria, recorda que Canto dos Livres tinha que escolher onde ia cantar. "Havia dedos-duros e pressão por vias não-oficiais, por isso Cenair foi realmente tocar ela em público só no período de abertura, antes não", lembra.
 
Gana missioneira

Show de Chaloy Jara, Cenair e Jayme Caetano Braun está nos registros do filho Patrício Maicá
ARQUIVO PATRÍCIO MAICÁ/DIVULGAÇÃO/JC
Cenair Maicá foi um dos Troncos Missioneiros da música e poesia popular do Rio Grande do Sul no século XX. Ao lado de Noel Guarany, Jayme Caetano Braun e Pedro Ortaça (único ainda vivo), cantou a natureza, as lutas do homem do campo, a história e cultura da região das Missões. O tema já foi destaque nas reportagens culturais do Jornal do Comércio. O caderno Viver publicou anteriormente as biografias de Braun, Ortaça e Guarany.
 
Os Troncos Missioneiros ofereceram uma via estética alternativa na cultura gaúcha. Iuri Daniel Barbosa, músico e mestre em Geografia (Ufrgs), comenta que o grupo buscou abrir um outro mercado que não era nem de festival nem de baile. E obtiveram reconhecimento da crítica, inclusive do Centro do País. Barbosa define o estilo inaugurado por eles como Música Regional Missioneira, para diferenciá-la da música missioneira histórica. Até hoje, Pedro Ortaça, Jorge Guedes, entre outros, seguem nesta linha.
 
Barbosa destaca que Cenair era multi-instrumentista e analisa sua performance vocal: "Era sensível, um cantar mais calmo, menos empostação". Também avalia os arranjos com mais elementos harmônicos, que se aproximam de uma música mais urbana. Esta aproximação se dá também na gravação de canções de Jerônimo Jardim e Raul Ellwanger, que foi produtor do disco Caminhos (1980).
 
Atualmente, sua escola influencia novas gerações. Angelo Franco, por exemplo, conviveu com Cenair Maicá. Suas famílias eram amigas e tocavam Baile do Sapucay em São Luiz Gonzaga. "Tenho muita afinidade com a obra do Cenair, carinho por esta história indígena, este respeito, este quase remorso, entre aspas, que a gente carrega pelo genocídio indígena", revela.
 
Do ponto de vista estético, Franco pegou sua influência de cantar em espanhol, e, na questão política, de "fazer um protesto exortativo, não impositivo". Por fim, observa que Cenair ajudou a entender que há uma música que está presente nos dois lados do rio Uruguai e além.
 
Afora a vivência fronteiriça e com indígenas, Cenair Maicá teve vivência campeira. Frequentou estâncias próximas a Santa Maria, junto a Tau Golin. Com isto, o historiador acredita que o amigo tentava resolver o conflito existencial entre o gaúcho e o indígena, que gera uma inquietação estética entre latifúndio privatizado oligárquico e a organização coletiva e familiar missioneira. Mesmo gostando da lida campeira, teria sido responsável por tirar o "absolutismo do imaginário do campo" na música gaúcha e trazer os ribeirinhos. "Missioneiros como o Cenair nos colocaram na América Latina, fizeram com que nós tivéssemos esta fronteiridade", pontua.
 
Lista cronológica dos LPs lançados pelo artista

Arte / JC
1970Belezas missioneiras (Solar Discos)
1978Rio de minha infância (Companhia Industrial de Discos/Itamaraty)
1980Caminhos (Rodeio/WEA)
1983Canto dos Livres (Rodeio/WEA)
1985Meu canto (Gravações Elétricas/Continental)
1987Companheira Liberdade (RCA/WEA)
1989Troncos Missioneiros (Discoteca)

Fonte! Chasque (reportagem) cultural de João Vicente Ribas ( jornalista, doutor em Comunicação pela Pucrs e professor na Universidade de Passo Fundo), publicado no Caderno Viver, encartado na edição dos dias 7, 8 e 9 de maio de 2021, do Jornal do Comércio de Porto Alegre - RS. Também acessível nos potreiros da Internet: https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/especiais/reportagem_cultural/2021/05/791032-a-vida-e-obra-de-cenair-maica-um-dos-troncos-da-musica-missioneira.html

sexta-feira, 14 de maio de 2021

Coluna Tradição e Cultura do Jornal A Semana de Alvorada (RS): 14.05.2021

 CPF O Tempo e o Vento

        Neste sábado, dia 15 de maio, o Conjunto de Projeção Folclórica (CPF) O Tempo e o Vento vai realizar o grande jantar de aniversário da entidade. Será no formato pague & leve pois ainda temos as restrições sanitárias impostas pelas autoridades devido à pandemia do Covid 19. No cardápio massas ao molho de calabresa, molhos (branco e bolonhesa) e saladas diversas. O jantar será servido a partir das 20h30, ao preço de R$ 20,00 por pessoa. Faça a sua reserva pelo fone waths (51) 989.495.001 e fale com a Alexandra e a entidade tem a opção da tele entrega e de brinde o vivente vai levar uma fatia de bolo, alusivo aos 31 anos de fundação desta entidade tradicionalista, que fica na Rua São Vicente, 233, no bairro Sumaré.

CTG Amaranto Pereira

         No dia 16 de maio o CTG Amaranto Pereira, dentro das normas e restrições impostas pelas autoridades sanitárias devido a pandemia do Covid 19, vai realizar mais um Almoço Pague & Leve. No cardápio, coxa e sobrecoxa, arroz, saladas de maionese e verdes, ao preço de R$ 20,00 por pessoa. Os convites estarão à venda até o dia 14 de maio e não teremos convites à venda no dia do evento. Adquira o seu convite com a patronagem do CTG ou entre em contato com o Padrão Adair Rocha pelo Waths (51) 999.990.294. O CTG fica na Rua Celso Lemes da Silva, 520, no Jardim Algarve.

Chasque da Subcoordenadora de Alvorada

         Mais um evento de cunho social é posto em prática dentro do atuante Movimento Tradicionalista local. A iniciativa é da Anita de Alvorada 2021, a Fabiana Thomaz, com o apoio incondicional da Subcoordenadoria local, do CTG Sentinelas do Pago e do Projeto Menotti Garibaldi. Trata-se da campanha “leite e bolacha solidários” e as doações devem ser direcionadas à sede (galpão) do CTG, até o dia 19 de junho, aos sábados, das 14 às 17h, a partir do dia 15 de maio.

         Segundo a Fabiana, os produtos arrecadados serão distribuídos para pessoas abaixo da linha de pobreza, no Sítio dos Açudes e adjacências. Informações pelos fones waths (51) 984.311.358 com a própria Fabiana ou com o Subcoordenador Jair Martins pelo fone waths (51) 999.994.513. O CTG fica na Rua Porto Alegre, 216, no bairro Maria Regina.

Campanha do Agasalho

         Com o inverno já fazendo os seus ensaios, com uns dias de muito frio e noites com um frio mais rigoroso, os tradicionalistas locais botaram pra rua a Campanha do Agasalho deste ano. É a terceira campanha do agasalho realizada pelo Projeto Menotti Garibaldi, com o amplo apoio da Subcoordenadoria do tradicionalismo local e com a participação das entidades tradicionalistas (CTGs) da nossa cidade e mais a Hamburgueria Tradição (Av. Frederico Dihll, 4159), que serão postos de coleta. Portanto, é hora de dar uma revisada nos roupeiros e dar um destino em peças de roupas, e entre estas, blusas, casacos, cobertores e calçados, para as pessoas mais necessitadas da nossa cidade (principalmente para as crianças) e levar tudo isso para a entidade tradicionalista mais próxima da tua casa. Faça a sua doação até o dia 5 de junho. Também, nestes postos de coleta são aceitos alimentos não perecíveis. Mais informações com o Subcoordenador de Alvorada Jair Martins pelo fone Waths (51) 999.994.513 ou com a Marta Beyer pelo fone waths 993.832.772.

Valdemar Engroff

Léo Borges estreia no time principal da ACBF durante a Liga Nacional de Futsal

Atleta nascido em Alvorada já está há três anos nas categorias de base do clube

"Na estreia da LNF contra o Atlântico de Erechim, o jovem foi relacionado e entrou em quadra" (Foto: Divulgação)

Em novembro de 2018, o Jornal A Semana noticiou que a ACBF, uma das maiores equipes de futsal do país, estava contratando o alvoradense Léo Borges para jogar nas suas categorias de base. Na época com 16 anos, o atleta chamou a atenção atuando com a camisa da S.E.R. Alvorada e aceitou a proposta para jogar na equipe sub-20 de Carlos Barbosa.

Agora, quase três anos após chegar na serra gaúcha, o atleta chega a equipe principal. Na estreia da Liga Nacional de Futsal (LNF) contra o Atlântico de Erechim, o jovem foi relacionado e entrou em quadra. Em entrevista, ele conta que a expectativa agora é a melhor possível e ele projeta estar sempre entre os melhores para poder seguir crescendo na carreira.

Contudo, ele ainda segue no sub-20 e deve começar a ser lançado aos poucos – ao contrário de Alvorada, onde já estava no time principal. “O sentimento é de gratidão, por todos que me ajudaram, por todos que acreditaram em mim, e a Deus por me dar a oportunidade de estar realizando não só o meu sonho, e sim de vários moleques da minha idade”, relata o atleta.

Sobre o futuro, ele projeta seguir crescendo na carreira e afirma que sente estar crescendo em todos os aspectos nos últimos anos. Ele também projeta seguir vivendo do futsal. “Primeiramente depende muito do clube que estamos, pois tem alguns clubes que pagam um salário digno de se viver, já outros não tem tantas condições, e não levam a profissão a sério”, finaliza Borges. 

Fonte! Chasque (post) publicado nas páginas do Jornal A Semana de Alvorada (RS), edição do dia 14 de maio de 2021

domingo, 9 de maio de 2021

Preparador físico Guilherme Rondon retorna ao Brasil e assume cargo no Red Bull Bragantino

Alvoradense estava trabalhando na Coreia do Sul desde 2018 antes de voltar ao país

"Em sua última passagem pelo Brasil, Guilherme Rondon conquistou o título brasileiro de aspirantes pelo Internacional" (Foto: Divulgação)

Em 2018, o Jornal A Semana contou a história de Guilherme Rondon, preparador físico alvoradense com uma carreira repleta de times e conquistas. Na época, ele já tinha trabalhado em clubes como o Cruzeiro, Boa Esporte, Metropolitano, Gwangju FC (Coreia do Sul) e Internacional – esse último na categoria sub-23 e acumulando outras funções dentro da equipe gaúcha.

Depois daquela reportagem, Monroe se mudou para a Coreia do Sul e trabalhou no Gwangju FC, Daejeon Citizen, Seongnam FC, Jeju United e Daejeon Hana C. Entre os títulos conquistados nesse período estão a K League 2. No início do ano, ele assumiu o seu último clube na Coreia, mas foi procurado pelo Red Bull Bragantino após a saída do seu preparador físico.

Em entrevista, o alvoradense relata como surgiu o convite e como está sendo retornar ao Brasil para trabalhar em um time da primeira divisão. “Estou muito feliz de estar no Red Bull Bragantino e voltar ao Brasil. O meu mercado é grande no futebol sul-coreano, mas eu tenho a vontade e a sede de ter um currículo extenso aqui no meu país. Esse é um clube diferente e que cresce a cada dia”, salienta Rondon.

A vontade de retornar ao Brasil era tanta que fez com que Rondon optasse por rescindir o seu contrato e aproveitar a oportunidade. “Eu tinha um contrato extenso na Coreia do Sul, porém voltar ao Brasil e ter a oportunidade em uma grande equipe do futebol brasileiro me motiva. Por isso rescindi o contrato lá e agora vou começar a trabalhar para colher no Brasil os mesmos frutos que colhi na Coreia do Sul”, conta o preparador.

O antigo preparador físico do clube era Reverson Pimentel, que acabou sendo anunciado pelo Grêmio. Rondon conta que eles já se conheciam. “Nós trabalhamos em Santa Catarina em um mesmo período. Na época a gente já projetava crescer na carreira. Eu optei por sair do país e ele quis permanecer. Chegar para substitui-lo me motiva e me facilita, afinal o trabalho que ele vinha fazendo era fantástico”, relata o profissional.

Agora ele espera ter sequência para trabalhar e poder dar mais orgulho para ele e para os familiares e amigos. “Muita dedicação, muito empenho e muito estudo. Quero continuar evoluindo cada dia mais e entender cada vez mais sobre o esporte. Também quero trazer a minha característica de força e de um preparador físico aguerrido. Espero que meu futuro seja abençoado aqui”, finaliza Rondon. 

Fonte! Chasque (post) publicado nas páginas do Jornal A Semana de Alvorada (RS), na edição do dia 07 de maio de 2021.