Terças - das 21 às 23h com Valdemar Engroff e Luigi Cerbaro
Sábados - 8h30 às 10h30min com Valdemar Engroff

sexta-feira, 28 de março de 2014

Ressurge o programa A Hora do Chimarrão!

        
Créditos: http://www.uniaosulfm.com.br/
          A Rádio Acácia FM 87,9 – a primeira rádio de Alvorada legalizada perante o Ministério das Comunicações continua incrementando a sua programação. Aos sábados, das 14 às 16h, novo programa no ar: Acácia Mulher, com Cris Donner e Jéssika Prado. 

         E às 16h estreou no dia 22 de março o programa Rock Otaku, com Diogo Devite e Raquel Mello, mas com a falta de energia elétrica, o programa não teve a abrangência total na comunidade. Mas quem perdeu, não perca o programa deste sábado...

         E no domingo passado, voltou pra grade o programa A Hora do Chimarrão, das 8h às 10h, produzido e realizado por Sebastião da Costa, com a boa música do Rio Grande... E para os desgarrados e de toda esta terra em redor do Rio Grande, chamada mundo, sintonize a emissora, abrindo as porteiras clicando em www.acaciafm.com.br. E veja lá também a nossa programação e o chasque do 5º Baile da Saudade (músicas dos anos 60, 70 e 80), que será no dia 10 de maio no Jardim Algarve.....

         Este chasque foi publicado na coluna Tradição e Cultura do Jornal A Semana de Alvorada, edição do dia 28 de março de 2014, por Valdemar Engroff

Não perca o programa Especiais Acácia de hoje: CREEDENCE!

Com o âncora Sérgio Pires!

quinta-feira, 27 de março de 2014

Momento da Cultura Regional 11! Dia mundial do Meteorologista!

O tempo se armou de fato lá pra os lados do Uruguai! É desse jeito que a gente da campanha se comunica para dizer do clima, para denunciar quando vem chuva, tempestade. Os homens rurais no passado sabiam dos ventos pelas árvores, pela movimentação dos animais, sabiam do tempo pelas nuvens, viajavam meses com tropa mantendo o rumo pelas estrelas, como navegantes.

No presente alguns mantém essa sabedoria que virou ciência, hoje um satélite rastreia a estratosfera, manda informações para uma central que processa analisando os dados, realizando previsões precisas do clima, dizendo, por exemplo, quando, quanto e onde ira chover.

No passado os campesinos também faziam suas previsões e decretavam chuvas e secas, bombeando as nuvens do céu, mirando se no horizonte o sol se pôs na linha da terra ou sob nuvens, nesse caso é chuva certa no amanhã. Alguns ainda são peritos nessa arte. 
Hoje temos os meteorologistas, formados em cursos de faculdade que são experts na análise das imagens que os satélites mandam, tanto que a profissão ganhou um dia especial - O Dia Mundial da Meteorologia celebrado no dia 23 de Março. Essa data comemorativa foi instaurada no ano de 1961 por ser o aniversário de criação de Organização Meteorológica Mundial, instituição ligada à ONU e que existe desde o ano de 1950. Atualmente, essa organização possui a adesão de 189 países.
Como nos ensina o professor RODOLFO ALVES PENA, graduado em geografia, a meteorologia é a ciência que estuda a atmosfera e os seus fenômenos, sendo a responsável por estabelecer previsões e diagnósticos sobre o estado atmosférico em períodos relativamente curtos, ou seja, os meteorologistas direcionam seus apontamentos às questões relativas ao tempo atmosférico, diferentemente da climatologia, que estuda o clima.
A obra mais antiga que se tem notícia sobre essa importante área do saber é creditada a Aristóteles. Publicada em 340 A.C., o trabalho intitulado Meteórica realizava uma descrição sobre os diferentes elementos atmosféricos, envolvendo tanto as suas características predominantes quanto as suas dinâmicas. A expressão em grego “metéõros” significa “suspenso nos céus” e era o termo utilizado por Aristóteles para designar toda e qualquer partícula advinda da atmosfera ou que nela estivesse encontrada. Atualmente, o termo meteoro é exclusivamente utilizado para partículas sólidas, enquanto as partículas de água ou gelo são chamadas de hidrometeoros.
Dos instrumentos, podemos citar o higrômetro, criado ainda na Idade Média, o cata-vento de Leonardo da Vinci, o termômetro de Galileu Galilei e o barômetro de Evangelista Torricelli. Ao longo do século XX, a melhoria nas técnicas e a precisão dos dados, fato ocasionado, sobretudo, pela obtenção de imagens de satélite, vêm creditando à ciência meteorológica uma precisão cada vez maior, o que favorece as ações humanas e proporciona melhorias na qualidade de vida da sociedade.
No Brasil, por exemplo, centenas de pessoas morreram em julho de 1871 após uma tempestade ocasionar o naufrágio do Navio Apa, no litoral do Rio Grande do Sul. Esse episódio chocou todo o país e influenciou as autoridades a implementar uma rede meteorológica nacional a fim de melhorar o serviço no país que, até então, encontrava-se desestruturado.
A importância da meteorologia vai muito além de saber “se vai chover hoje”. Ela possui o mérito de enumerar dados sistemáticos sobre as alterações no comportamento da atmosfera ao longo do tempo, fornecendo informações precisas sobre as alterações climáticas ao longo dos anos e décadas. Além disso, é graças à meteorologia por seus instrumentos que adversidades climáticas são previstas e muitas tragédias são evitadas.
Para pensar: Tudo que Deus criou tem equilíbrio natural, por isso devemos preservar tudo para não haver desequilíbrios.
Fonte! Coluna Regionalismo desta semana, por Dorotéo Fagundes de Abreu.
Este chasque será utilizado no Programa Gritos do Quero Quero deste sábado, dia 29 de março de 2014, no Momento da Cultura Regional.


domingo, 23 de março de 2014

Momento da Cultura Regional 10! A eliminação da discriminação racial começa em casa!


Dia 21 de março é a marca da ONU para reflexão ao racismo, pelo Massacre de Shaperville em Joanesburgo em 1960. Como já citei aqui e repito, (para que não esqueçam e porque sempre temos novos leitores), nasci na cidade de Uruguaiana e me criei entre os meios urbano e rural, mais precisamente nos distritos do Imbaá, depois em São Marcos e na Barragem Sanchuri.

Na década de 1970 vivia em São Marcos, na barranca do Rio Uruguai, de frente a Yapeju, Província de Corrientes, Argentina, época em que meu pai fora diretor do projeto Cidade dos Meninos da FEBEM, quando convivíamos fraternalmente com aquela gurizada interna, onde de certa feita eu e meus irmãos (Quico, Renato e Leila Fagundes de Abreu) éramos internos também.

Pela segunda vez morávamos num orfanato, a primeira fora no segundo quartel da década 1960, na Escola Assistencial Santa Rita que virou Sociedade de Amparo ao Menor de Uruguaiana que a FEBEM encampou.

Como era lindo ter muitos irmãos para brincar de tudo, só nos separávamos quando íamos para o colégio, do contrario éramos unha e carne, sempre juntos, inventando o que fazer para passar o tempo, principalmente nos finais de semana. 

Naquela irmandade, tinha guri de todos os pelos, tamanhos, idades e raças, bem distribuído e harmoniosamente vivendo brancos, pretos, índios e mestiços, tendo como base moral a das igrejas católica e metodista, nunca vi alguma briga por questões raciais ou privilégios, tudo era comum de todos, deveres e direitos iguais.

Certa feita em São Marcos num final de semana, combinamos eu e o Quico, meu irmão mais moço, irmos a um baile no salão da Colônia das Rosas, no distrito de João Arregui, lindeiro da Barragem Sanchuri e de Itaqui, assim convidamos o Canhão, nosso irmão negro interno da SAMU e de FABEM, com quem fomos criança e estávamos juvenis.

O Canhão ficava no orfanato nos finais de semana pela distância de casa, ele era de Viamão, de nome Vilmar, compleição mediana, sadio, forte, muito alegre, disposto, amigo para qualquer cruzada, sempre estava disposto e o apelido era porque tinha um pataço no futebol além de ter uma pele cor de petróleo.

Então naquele sábado de verão quando anoiteceu, nos ajeitamos e logo que o pai se recolheu para dormir, pé, por pé eu peguei a chave do carro e o trio, na surdina, sacamos empurrando o Chevrolet Opala da garagem, e quando estávamos numa distância boa, funcionei o motor e nos tocamos para o baile, mais faceiro que pato na taipa do açude, louco pra chegar n’agua.

Em João Arregui, o surungo estava formado, estacionamos perto da entrada, na bilheteria pedi logo três ingressos, dai quando adentramos uns quatro paços no salão, alguém da portaria falou, vocês dois podem passar, mas aquele rapaz não. Na hora exclamei – porque não, se ele pagou ingresso? E o cara respondeu: Porque ele é negro!

Olhei para o Vilmar e ele meio encabulado falou, vão vocês que eu espero lá fora. Juro, me deu vontade de prender o pé naquela classe escolar que fazia vez de balcão da portaria, mas os bons costumes me impediram, olhei para o Quico e disse, se ele não entra eu também não vou entrar, o Quico em cima do laço largou por deboche, e nem eu fico nesta bosta.

Assim pegamos os pilas, saímos e retornamos para casa fazendo graça para não chorar do triste episódio e desde então me indago: Porque tem gente que se acha superior a outras porque é branco, como se a cor da pele fosse o reflexo da alma?

Que bom que naquela década surgiu o Rei Pelé, o maior atleta de futebol do mundo de todos os tempos e que nesse milênio temos um negro como o homem mais poderoso do planeta, mandando no baile da Casa Branca.  E até hoje sinto vergonha pela Colônia das Rosas que por certo murcharam e morreram indignadas ao verem tanta ignorância exalada pelo odor do preconceito.   

Para pensar: A alma é branca e o espírito é luz, a cor de cada corpo, foi naturalmente imposta pela condição do habital.           

 

Fonte! Coluna Regionalismo, por Dorotéo Fagundes de Abreu, do dia 18 de março de 2014.



Observação: ajudei a tirar do ar no Facebook uma página racista (Valdemar Engroff): Uma página que chamava a atenção de forma negativa nas redes sociais. No Facebook foi criada uma página que faz piadas preconceituosas com os negros e dissemina o ódio com peças discriminatórias. Chamada Não fumo pq se fumar meu pulmão fica preto, e de preto mantenho distancia, a página criada em 6 de março de 2014  já tinha 2.442 curtidas.

Orientações quando se depara com uma imbecilidade destas:

Mais importante do que apenas denunciar via políticas do Face é entrar em contato com órgãos cometentes para fazer a denúncia.
As denúncias podem ser feitas no portal da Safernet. O trabalho da CND reúne informações de sete entidades responsáveis por receber denúncias sobre crimes virtuais – o que inclui Polícia Federal e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Existe um formulário eletrônico direto na Polícia Federal que permite apontar, de forma anônima, sites considerados ofensivos; endereço de e-mail também está disponível. O formulário, que já pode ser visitado em http://nightangel.dpf.gov.br, é o mesmo para os três tipos de denúncia e tem dois campos, um para o endereço do site ofensivo e outro para comentários.

Via Facebook
1 – Coloque-se na página que pretende denunciar;
2 – Desça bem para a parte inferior. Do lado esquerdo clique em Denunciar Página;
3 – Escolher uma das razões/opções propostas, e seguir os passos indicados e envie.
Essa denúncia é enviada até uma equipe Facebook que vai examiná-la e, se for constatada a irregularidade, a página será retirada do ar.
Vale lembrar que, quando a denúncia não envolve sites, o usuário é orientado a ligar para o Disque Denúncia da Secretaria Especial dos Direitos Humanos (100) ou enviar um e-mail para denuncia.ddh@dpf.gov.br.
É possível usar também o Disque-racismo (21) 3399-1300- apesar do número ser do Rio de Janeiro. Se  o denunciante for de outro estado terá a denúncia encaminhada assim mesmo.
Penas para quem comete este crime
Para entender melhor como é a punição, veja o caso de um usuário do orkut. Ele acabou julgado e condenado por racismo contra índios por manter a comunidade Índios… Eu Consigo Viver Sem. A Justiça Federal no Pará decretou para ele pena de dois anos e seis meses de prisão, que foi convertida em prestação de serviços à Fundação Nacional do Índio (Funai). Ele também teria de pagar R$ 20 mil de multa, mas cabendo recurso.
De acordo com a Procuradoria da República, o usuário deixava explícito seu racismo ao escrever que concordava com a política norte-americana, e que deveriam matar todos os índios e passar a estudar a história deles “pós morten”, e denigria os índios. Mesmo pedindo desculpas, o  juiz do processo entendeu que ele tinha consciência de suas atitudes, por estar integrada ao meio social e sabendo das consequências de seu ato.
De acordo com a Lei 9459, de 13 de maio de 1997, as penas são de até cinco anos de reclusão, além das multas, para qualquer crime resultante de discriminação ou preconceito de raça, de cor, etnia, religião ou procedência nacional – além de ser inafiançável.

Estas orientações tem como fonte o Jornal do Povo, do Estado do Paraná, http://jornaldopovoparana.com/imbecilidade-sem-limites-pagina-racista-no-facebook-causa-polemica/

Chasque utilizado no programa Gritos do Quero Quero do dia 22 de março de 2014, no "Momento da Cultura Regional".

domingo, 16 de março de 2014

Momento da Cultura Regional 9! Enquanto a Cambona Chia!

Buenas Gauchada! Acabei de chegar do campo.


Abri a porta do galpão da estância, aliviei do peso das encilhas, amilhei e desembuçalei o Mouro – pingo bueno e companheiro de lida – que, como agradecendo a atenção que eu lhe dedicava, soltou um relincho abagualado e corcoveando de alegria e felicidade, se mandou campo a fora, em direção ao açude enquanto a estrela boieira já apontava no horizonte, alumiando o lombo das dunas.


Dei uma aventada no xergão, uma sacudida nos pelegos, ensarilhei a sela e pendurei as rédeas ao lado da janela que se abre para o laranjal. Afrouxei o papagaio das esporas e saquei as botas rosilhonas, enfiei nos pés as alpargatas desbeiçadas, afastei as cinzas e revirei o borralho para avivar o fogo de chão e um barulhito macanudo me fez tomar tenência que a cambona preta já chiava, encostada num tição de maricá.


Passo a mão no rabo de tatu da cherenga Coqueiro, tiro um naco de charque gordo que foi curtido na sombra do arvoredo, dou-lhe uma picada, em cima de um cepo de tronco de cinamomo, ao mesmo tempo em que frita na banha, derretida numa panela de ferro, o arroz que irá compor o carreteiro.


Enquanto preparo o manjar campeiro, empeço a arranjar o meu ritual gaudério, encilhando no porongo casca grossa, um amargo bem topetudo, que vou sorvendo acamaradado por umas duas ou três talagadas de uma azuladinha – curtida no barril de um alambique lá dos lados de Santo Antonio e acompanhado, quase que inconscientemente, por uma coplita amadrinhada pelo nordestão, que há horas está timblando nos arames do potreiro.


Me faz costado um sapo cururu, que vai-não vai e vai-não vai se refestelar lá no banhado e um grilito, mais cricricri que borracho em galpão de pulperia, solfeja um tango para encantar a amada, E, assim “no más”, dando largas ao pensamento e bombeando na invernada da lembrança, vou cabresteando emoções xucras e campereando recuerdos das tropeadas da vida.


Nesta olada, a noite aragana me empresta o candieeiro da lua para clarear a minha busca, de tal forma que me vejo entreverado na rude lida de campeiro e que venho bandeando a vida como changueiro do tempo tropeiro. Então, repontando esperanças, sinto que gostaria de ter mais comparsas que, se não puderem estar mateando comigo, que “por lo menos” possamos nos dizer: buenos dias, buenas tardes ou buenas noches.


E, quando tivermos a oportunidade de, juntos, sorvermos um amargo, também juntos, iremos colorear nossos ferros de marcar no calor do nosso peito, para que as marcas dos novos companheiros fiquem entreveradas com as já existentes e jamais sejam arrancadas, ficando profundamente encravadas na nossa alma e eternamente engastadas no tronco de angico da existência, como espero que um dia seja a nossa amizade.


Por isso, parceiro, se por acaso leres este chasque e te sentires com vontade de te sentar num cepo e charlar, mateando comigo – e os outros amigos - em volta do fogo de chão, não te fresqueia, tchê, entra que a porta do galpão não tem tramela e te esbalda enquanto a cambona chia....


Fonte! Coluna Charla de Peão, por Juarez Cesar Fontana Miranda (poeta nativista), publicada no Jornal Regional do Comércio, Cidreira (RS). Contatos com o colunista, mande um chasque para juarezmiranda@bol.com.br.  



Chasque utilizado no programa Gritos do Quero Quero do dia 15 de março de 2014, no Momento da Cultura Regional. 

domingo, 9 de março de 2014

Momento da Cultura Regional 8! 1º de março de 1845 - homologada a paz da Guerra dos Farrapos!

Obelisco marca o local onde foi assinado o tratado de paz da Revolução Farroupilha
Em Poncho Verde, no começo de março de 1845, foram examinados pelos republicanos os termos do documento, já assinado pelo Barão de Caxias, intitulado Convenção de Paz entre o Brasil e os republicanos. O General David Canabarro, comandante-em-chefe do exército republicano, investido de poderes para representar a presidência da República, aceitou as condições. Farrapos e imperiais se reuniram no Acampamento Imperial de Carolina, em Ponche Verde, região do atual município de Dom Pedrito, para decretar a pacificação da província. Eram 12 as cláusulas da pacificação. Foram lidas em Ponche Verde no dia 25 de fevereiro, por Antônio Vicente da Fontoura.

Art. 1° - Fica nomeado Presidente da Província o indivíduo que for indicado pelos republicanos.

Art. 2° - Pleno e inteiro esquecimento de todos os atos praticados pelos republicanos durante a luta, sem ser, em nenhum caso, permitida a instauração de processos contra eles, nem mesmo para reivindicação de interesses privados.

Art. 3° - Dar-se-á pronta liberdade a todos os prisioneiros e serão estes, às custas do Governo Imperial, transportados ao seio de suas famílias, inclusive os que estejam como praça no Exército ou na Armada.
Art. 4° - Fica garantida a Dívida Pública, segundo o quadro que dela se apresente, em um prazo preventório.

Art. 5° - Serão revalidados os atos civis das autoridades republicanas, sempre que nestes se observem as leis vigentes.

Art. 6° - Serão revalidados os atos do Vigário Apostólico.

Art. 7° - Está garantida pelo Governo Imperial a liberdade dos escravos que tenham servido nas fileiras republicanas, ou nelas existam.

Art. 8° - Os oficiais republicanos não serão constrangidos a serviço militar algum; e quando, espontaneamente, queiram servir, serão admitidos em seus postos.

Art. 9° - Os soldados republicanos ficam dispensados do recrutamento.

Art. 10° - Só os Generais deixam de ser admitidos em seus postos, porém, em tudo mais, gozarão da imunidade concedida aos oficiais.

Art. 11° - O direito de propriedade é garantido em toda plenitude.

Art. 12° - Ficam perdoados os desertores do Exército Imperial.

Assinada a paz em Ponche Verde, David Canabarro redigiu uma proclamação em que anunciava o fim da Guerra dos Farrapos. O texto tem a data de 28 de fevereiro de 1845:

"Concidadãos! Competentemente autorizado pelo magistrado civil a quem obedecíamos e na qualidade de comandante-em-chefe, concordando com a unânime vontade de todos os oficiais da força de meu comando, vos declaro que a guerra civil que há mais de nove anos devasta esse belo país está acabada.

Concidadãos! Ao desprender-me do grau que me havia confiado o poder que dirigia a revolução, cumpre-me assegurar-vos que podeis volver tranqüilos ao seio de vossas famílias. Vossa segurança individual e vossa propriedade estão garantidas pela palavra sagrada do monarca e o apreço de vossas virtudes confiado ao seu magnânimo coração. União, fraternidade, respeito às leis e eterna gratidão ao ínclito presidente da Província, o ilustríssimo e excelentíssimo barão de Caxias, pelos afanosos esforços na pacificação da Província".


Fonte! Chasque publicado no sítio do amigo e irmão tradicionalista Léo Ribeiro de Souza. Abra as porteiras clicando em www.blogdoleoribeiro.blogspot.com

Chasque utilizado no programa Gritos do Quero Quero, no Momento da Cultura Regional, do dia 08 de março de 2014.

sábado, 8 de março de 2014

Atraso na criação da lei do Plano de Cultura de Porto Alegre / RS

conselhoculturaportoalegre A sociedade conclama pelo envio do Plano de Cultura de Porto Alegre para a Câmara, Já! Esta é a campanha que o Conselho Municipal de Cultura de Porto Alegre iniciou para dar visibilidade ao encaminhamento do Plano de Cultura que está retido na Secretaria Municipal de Cultura, há mais de três meses.

O conteúdo é um trabalho técnico realizado pela sociedade civil organizada e teve iniciativa do Ministério da Cultura devido à implantação do Sistema Nacional de Cultura que abrange a pactuação com os municípios para criação dos sistemas locais de cultura. Em razão da pactuação foram designados técnicos pela Secretaria de Cultura, em 2012, que fizeram uma capacitação junto à Universidade Federal da Bahia e ao MINC, assim trabalhando até final do mesmo ano. Dando continuidade ao trabalho a sociedade civil organizada representada pelo Conselho de Cultura, assumiu a elaboração finalizando o trabalho em 2013, quando o plano, depois da consulta pública durante a 9ª Conferência Municipal de Cultura e da validação deste Conselho foi entregue oficialmente ao Prefeito. Depois da análise do Executivo, o mesmo encaminhou o texto para a Secretaria de Cultura para que essa encaminhasse à Câmara, o que ainda não ocorreu.

Servirá como um documento orientador das políticas públicas de cultura da cidade. O plano é a base fundamental de execução para a constituição do tripé “CPF” (Conselho, Plano e Fundos de Incentivo à Cultura), o qual dará ao município de Porto Alegre acesso a mais recursos oriundos do Governo Federal. 

A produção do documento, desde o início, sempre foi um problema para a Secretaria Municipal de Cultura, a qual deveria apoiar dando subsídios para sua realização, segundo as orientações do Sistema Nacional de Cultura. O Plano de Porto Alegre deveria estar finalizado ainda no ano de 2012, mas devido a esta falta de apoio o documento foi finalizado em setembro de 2013 pela mobilização da sociedade civil organizada.

Sem a lei do Plano, o município deixa de obter recursos diretos, dos programas do Ministério da Cultura, bem como a realização de editais como os de Pontos de Cultura que é um dos editais mais solicitados pela sociedade.

É a primeira vez que Porto Alegre elabora seu plano de cultura, informação que retrata o caráter de gestões por eventos da Secretaria Municipal de Cultura, que não desenvolveram políticas públicas de cultura. O Plano de Cultura de Porto Alegre é um documento renovável conforme tempo a ser decidido e tem duração de 10 anos. Foi constituído com base em um diagnóstico da cultura da cidade e tem sua espinha dorsal nas mais de mil resoluções das 9 conferências de cultura ocorridas desde 1996 no município.

O Conselho Municipal de Cultura de Porto Alegre é uma entidade civil organizada, fundada, juntamente com o Sistema Municipal de Cultura da cidade pela Lei Complementar nº 399, de 14 de janeiro de 1997. Sua composição é de 85% por conselheiros representantes de toda a cidade e dos segmentos culturais que a constituem. Tem como funções propor, deliberar e fiscalizar as matérias de políticas públicas culturais do município. Sua atuação funcional é lado a lado com a atuação da Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre.
Mais informações no blog do Conselho Municipal de Cultura de Porto Alegre: www.cmcpoa.blogspot.com.br

Agradecemos a compreensão e o apoio de todos, pois o plano é de toda a sociedade portoalegrense.

VIVENDO A CULTURA E TRANSFORMANDO A CIDADE.
Paulo Roberto Guimarães
Presidente – Gestão 2011-2014 -DOPA 21/10/2011

domingo, 2 de março de 2014

Momento da Cultura Regional 7! O que será dos grupos de fandango????

Estão tentando acabar com os grupos de fandango! E a culpa disso é nossa!!

Hoje muitos CTGs, que se gabam de serem Centros de Tradições, são meros incentivados da destruição dos grupos de fandango, em detrimento aos grupos “da moda”. Grupos que há pouco tempo esnobavam nossa cultura, a nossa pilcha, e agora estão aí se fantasiando de gaúchos, e o pior... os CTGs estão acreditando!!

Muitos deixam de contratar grupos autenticamente ligados a nossa tradição para contratarem grupos que num instante tocam maxixe e sertanejo (vestidos praticamente a vácuo), e horas depois estão em nossos galpões fantasiados... isso!! fantasiados! pois até hoje nunca assisti nenhum deles de fato pilchados!

E essa falácia de: “há espaço para todos”, é uma grande mentira! Nossos CTGs aos poucos estão conseguindo reerguer seus bailes, e é difícil fazer mais de 3 bailes bons em um ano inteiro. E quando fazem, ainda chamam para tocar “quem se fantasia no dia do baile”. Sem contar que muitos grupos estão se safando porque “importaram” vocalistas campeiros, para “dar um toque agauchado”. Na verdade ao meu ver são Bandas, porque quem toca bailão é banda, se não tocar música gaúcha.


Resultado??  O resultado é que em breve todos os CTGs irão se prejudicar com isso. Pois em breve iremos quebrar quase TODOS os grupos autênticos que procuram focar no gauchismo, este dispensando bailões em que o contratante diz: “Aqui vem sem pilcha, e toca uns sertanejos, não só música gaúcha”. 

E ATENÇÃO: quando novamente outra moda mais rentável $$ surgir, esses “fantasiados” nos abandonarão, como fizeram no passado, onde foi dada duas opções e optaram por largar os CTGs! Ou alguém aqui tem memória curta? 

Tenho muito orgulho em dizer que no meu CTG só toca grupo que de fato só toque música gaúcha. E os CTGs em que meu grupo ensina dança de salão gaúcha, também só contratam para as formaturas grupos nesta mesma linha. E DIGO:  fazemos ótimos bailes em todos estes 12 CTGs. Embora alguns patrões ainda nos assediem com os “tchês da vida” e não aceitamos, por um simples motivo: lotamos os bailes! Sem precisar apelar para “tchê” algum! E ainda pagamos um cachê muito mais justo. Se for para pagar caro, então queremos Serranos, Monarcas, João Luiz Correa, Quero-quero... Pois lotam,  são autênticos e não atraem maxixeiros para o nosso baile.

Tem muitos grupos bons que se arrastam por aí, tentando um baile por 1500,00, 2mil... Ou um pouco a mais... Na esperança que o CTG o escolha, e às vezes é escolhido (depois de muito choro pra baixar preço). E quando chega o rodeio, que muitas vezes tem bons cachês, quem é chamado??? Os fantasiados, cobrando 10mil, 20mil! Tem até dupla agora fazendo de conta que é gaúcha! Atraem público?? Claro que sim! Mas contrate então “A funkeira Anita”, não é gaúcha também, mas a desculpa de público pode ser a mesma! Para o seu “rodeio fantasiado que precisa de público”. Coloque um vestido de prenda nela, e “leve” fácil 20mil pessoas ao seu evento, ela, assim como os outros, não vai cantar música gaúcha mesmo.

Nossos grupos autênticos estão em apuros, e isso é porque nós gaúchos estamos deixando de valorizar aqueles que ficaram ao nosso lado, no tempo das vacas magras! Para valorizar aqueles que só voltaram porque o sertanejo universitário tomou conta dos bailões, e eles não sabem tocar isso. 

Uma vergonha grupos autênticos irem tocar fora do RS, por falta de quem pague o seu valor, enquanto “tchês maxixes” conseguem cachês até maiores dentro de CTGs do Rio Grande do Sul. Uma vergonha.

E digo mais, rodeios e festividades farroupilhas estão cheios de "tchês maxixe" deixando de lado também grandes cantores nativistas, que estes sim, estão bem cinhados na nossa autenticidade.

Fonte! Chasque de fundamento de autoria de Jeandro Garcia, publicado no sítio Blog do Léo Ribeiro. Abra as porteiras clicando em www.blogdoleioribeiro.blogspot.com.

Chasque utilizado no programa Gritos do Quero Quero, no "Momento da Cultura Regional" do dia 01 de março de 2014.