Este
é o 11º chasque O Bolso da Bombacha,
aqui no programa Show da Comunidade e outros programas da grade da Rádio Acácia
FM – a Primeira de Alvorada.
Crédito! www.guaposecia.com.br |
O nosso linguajar é o tradicional gauchês, o mesmo que usamos no nosso sítio sobre finanças - O Bolso da Bombacha. É como se estivéssemos ao pé do fogo de chão, tomando um mate ou escutando uma milonga ou então, apreciando o dedilhar de uma cordiona.
E a nossa charla de hoje, foi publicada no sítio O Bolso da Bombacha, no dia 09 de abril de 2010, de nossa autoria, como segue.....:
Bueno! Este senhor do retrato
abaixo é o seu Waldomiro Afonso Engroff, meu pai, que está se
encaminhando para comemorar os seus 77 anos de vida no dia 20 de abril do
corrente ano. E esta senhora ao seu lado é a minha mãe, Maria Hedy
Engroff, que fará 72 anos no dia 15 de junho. Eles são casados há 52 anos.
Não sei
como eles conseguiram, mas, meu pai, com apenas dois anos de escola e a mãe com
um pouco mais de estudo, eram pequenos agricultores no atual município de
Salvador das Missões (RS) e conseguiram criar os seus seis filhos, somente
com os proventos da lavoura e pequenos lotes de criação, como porcos, aves, e
principalmente o leite que era o único produto que dava renda mensal. De resto,
o sustento vinha da lavoura, num lote próprio de 21,5 hectares mecanizáveis,
estando incluído um potreiro para o gado (em torno de cinco hectares). E, como
acontece ainda hoje, a boa safra dependia de dois fatores: do tempo, ou
seja, com chuva suficiente e sem as intempéries climáticas como os temporais e
ciclones e do preço final favorável.
Quando eu era guri, a produção (onde o produto principal era a soja) era vendida no bolicho (pequenos comerciantes da comunidade). Na venda eram descontadas as compras dos mantimentos e insumos que foram comprados ao longo do ano para serem quitados após a safra. Éramos pobres e estudávamos na escola estadual. E o círculo vicioso da época era os pais ganharem a vida na agricultura de subsistência e os filhos, geralmente seguindo o mesmo caminho, pois, estudar, não era “um bom investimento”.
Mas o meu pai foi categórico: sugeriu que os seus filhos fossem estudar, pois ele não teria dinheiro pra compra um palmo de terra que fosse para eles poderem dar rumo na vida. Desta atitude, os filhos enfrentaram o êxodo rural, se aventurando na cidade grande e se encaminharam na vida: nos estudos e na vida profissional.
Se não fosse a atitude dos meus pais, em encaminhar os filhos para os estudos somente com a sua palavra e vontade e sem dinheiro, hoje estaríamos sobrevivendo na agricultura de subsistência, em algum pedaço de terra arrendado, ou em um pedaço de terra adquirido com financiamento bancário e sempre rezando para chover na época em que a plantação mais precisa de chuva para dar uma boa safra.
Para encerrar, dos seus quatro filhos (peões):
- um é bacharel em ciências contábeis
- um é bacharel em ciências da computação e está fazendo MBA
- um é bacharel em ciências jurídicas
- apenas um não fez ou está fazendo curso superior.
Das filhas (prendas):
- uma é graduada e pós-graduada em letras e literatura brasileira
- outra está fazendo faculdade de Produção Industrial, sendo que retomou os estudos depois dos 40 anos de idade.
Quando eu era guri, a produção (onde o produto principal era a soja) era vendida no bolicho (pequenos comerciantes da comunidade). Na venda eram descontadas as compras dos mantimentos e insumos que foram comprados ao longo do ano para serem quitados após a safra. Éramos pobres e estudávamos na escola estadual. E o círculo vicioso da época era os pais ganharem a vida na agricultura de subsistência e os filhos, geralmente seguindo o mesmo caminho, pois, estudar, não era “um bom investimento”.
Mas o meu pai foi categórico: sugeriu que os seus filhos fossem estudar, pois ele não teria dinheiro pra compra um palmo de terra que fosse para eles poderem dar rumo na vida. Desta atitude, os filhos enfrentaram o êxodo rural, se aventurando na cidade grande e se encaminharam na vida: nos estudos e na vida profissional.
Se não fosse a atitude dos meus pais, em encaminhar os filhos para os estudos somente com a sua palavra e vontade e sem dinheiro, hoje estaríamos sobrevivendo na agricultura de subsistência, em algum pedaço de terra arrendado, ou em um pedaço de terra adquirido com financiamento bancário e sempre rezando para chover na época em que a plantação mais precisa de chuva para dar uma boa safra.
Para encerrar, dos seus quatro filhos (peões):
- um é bacharel em ciências contábeis
- um é bacharel em ciências da computação e está fazendo MBA
- um é bacharel em ciências jurídicas
- apenas um não fez ou está fazendo curso superior.
Das filhas (prendas):
- uma é graduada e pós-graduada em letras e literatura brasileira
- outra está fazendo faculdade de Produção Industrial, sendo que retomou os estudos depois dos 40 anos de idade.
Nosso comentário
Neste dia
9 de abril de 2017, este chasque (postagem) estará completando seus sete anos, onde meus
pais envelheceram bastante. O pai desde novembro de 2015 está numa clínica em Estância
Velha (RS), pois está com Alzheimer, completará seus 84 anos no dia 20 de
abril. Nesta clínica ele tem todo o amparo de profissionais, 24 horas por dia, onde
o ônus, o custeio é nosso ou seja, meu e dos meus irmãos.
A mãe
ainda mora solita, mesmo se encaminhando para os seus 79 anos em junho....
E os
peões e prendas (eu e meus irmãos), agora estamos sacramentando a nossa
aposentadoria oficial do governo. Leia-se – INSS, que, sabemos, significa “Isso
Nunca Será Suficiente”, pois não nos dará o devido sustento quando chegarmos na
idade dos meus pais... e teremos drásticas mudanças sendo gestadas no congresso
nacional, onde, para muitos brasileiros a sigla INSS poderá se transformar em “Isso
Nunca Será Seu”.
Eu e meus
irmãos agradecemos o que nossos pais nos proporcionaram no passado, quebrando
paradigmas e nos mandando estudar quando nossos amigos de infância continuaram
na agricultura familiar.....
Baita e cinchado Abraço
Bueno! Eu sou o tradicionalista Valdemar Engroff, e este é o 11º chasque sobre O Bolso da Bombacha aqui no Show da Comunidade da Rádio Acácia FM, a primeira de Alvorada.
Bueno! Eu sou o tradicionalista Valdemar Engroff, e este é o 11º chasque sobre O Bolso da Bombacha aqui no Show da Comunidade da Rádio Acácia FM, a primeira de Alvorada.
Este
chasque publicamos no nosso sítio sobre finanças pessoais em tom gauchesco, no
dia 09 de abril de 2010. E também postamos no sítio do Programa Gritos do Quero
Quero. Abra as porteiras clicando em www.programagritosdoqueroquero.blogspot.com.
Visite
o primeiro e provavelmente o único sítio sobre finanças com abordagem
gauchesca, O Bolso da Bombacha,
clicando em www.obolsodabombacha.blogspot.com.