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sábado, 12 de outubro de 2019

Alvorada! Mais de 11 mil eleitores votaram e elegeram os cinco conselheiros tutelares para 2020/2024


Luana Victorio estreou em um pleito como a conselheira mais votada, com 1.277 votos


"Luana, Fábio, Carmem, Diego e Fernanda foram eleitos alcançando quase
metade dos votos válidos" (Foto: Guilherme Wunder)

Foi realizada no domingo, 06/10, a eleição para conselheiros tutelares em todo o país. Isso não foi diferente em Alvorada, que conta com um colegiado formado por cinco profissionais eleitos pela população – quatro deles que buscavam a reeleição. E, com mais de 11 mil votos e três conselheiros estreantes, foi realizada a eleição que renovou em 60% o colegiado alvoradense.

Alvorada contava com a participação de 38 candidatos para preencher as cinco vagas. A apuração dos votos ocorreu após as 17hs, no Ginásio Municipal Tancredo Neves. Lá foram anunciados os cinco eleitos. São eles: Luana Victorio (1.277 votos), Fábio Medeiros (1.065 votos), Carmem Madeira (977 votos), Diego Armiliato (933 votos) e Fernanda Maciel (767 votos). A posse dos eleitos deve ocorrer no dia dez de janeiro.

Conheça os eleitos

Luana Victorio: primeira colocada no pleito, com 1.277 votos, Luana conta com uma trajetória que passou pelo conselho tutelar. “Eu tenho uma história de adoção, que iniciou quando minha mãe biológica foi visitar uma amiga. Eu tinha quatro anos e ela disse que ia buscar pão, mas demorou seis meses para voltar. Foi um cenário bem complicado na minha vida”, confessa a conselheira eleita.

Mesmo com forte ligação junto ao prefeito José Arno Appolo do Amaral, a alvoradense não tem filiação partidária e nem pensa em carreira política. “Quem acompanhou minha caminhada sabe que foi pela causa. Todos que me ajudaram foram amigos, familiares e igreja. Eu tive esse resultado por causa deles e seria muito feio eu usar esses votos para um futuro político”, salienta Luana.

Ela contou com o apoio da Igreja Quadrangular, família e amigos para conquistar essa vaga e sabe que não será fácil essa trajetória. “Elas podem esperar o melhor de mim. Tudo o que eu puder fazer dentro das atribuições do conselheiro, eu estarei aqui. Foi por isso que escolhi concorrer. Acredito que tudo pode ser superado e isso é importante ficar claro”, conclui a conselheira.

Fábio Medeiros: segundo colocado no pleito, com 1.065 votos, Medeiros é servidor público concursado e acadêmico em administração de empresa. Também é conhecido por já ter realizado trabalhos sociais no município, principalmente junto a creches comunitárias. Por causa disso, acredita na importância do conselho tutelar para mudar a vida das crianças e adolescentes.

Casado há 20 anos e com três filhos, o conselheiro eleito acredita na importância do fortalecimento familiar para mudar a vida das pessoas. “Serei um conselheiro atuante, sério e cumpridor das leis. Farei um atendimento honesto e humanizado. Muitas vezes as pessoas carecem de informação e eu sempre tratei bem as pessoas. Eu continuarei assim para fazer um bom atendimento”, afirma Medeiros.

O servidor disse que não pensa em concorrer ao cargo de vereador (é filiado ao MDB) e que seu objetivo é o conselho. Por isso, fez sua campanha fora do cenário partidário. “Essa foi uma eleição diferente. As pessoas estão desacreditadas na política e eu fiz a minha campanha fora da política partidária. Eu não fui há eventos políticos e nem vim na Prefeitura. Foi tudo na saliva e sola de sapato”, conclui o conselheiro.

Carmem Madeira: a alvoradense foi reeleita ao cargo com 977 votos, mas salientou as dificuldades encontradas no primeiro mandato. “Os quatro primeiros anos foram muito difíceis. Nosso município é pobre e sofremos muito junto ao ver situações que vemos no nosso dia a dia. Isso sem falar das dificuldades que enfrentamos devido à falta de profissionais e infraestrutura”, afirma a conselheira.

Filiada ao PT, Carmem também cursa técnico em radiologia e trabalha em projetos sociais. Contudo, nunca visou carreira política. “Nunca tive essa pretensão. Quando fui convidada pela primeira vez não quis nem concorrer ao conselho. Hoje eu não me arrependo de ter feito essa escolha, mas nunca vou misturar o conselho com política”, admite a alvoradense.

Questionada sobre o voto de confiança que recebeu mais uma vez, ela disse que vai fazer o possível para atender as demandas existentes. “Se eu tinha uma garra, ela vai redobrar. Vou ter mais vontade de melhorar a vida de crianças e adolescentes em sofrimento. A necessidade de proteção aumentou e eu darei muito além do que posso. Farei o possível para o melhor dessas crianças”, conclui Carmem.

Diego Armiliato: o alvoradense é professor de educação física além de ser técnico em enfermagem. Antes de concorrer ao pleito, trabalhava no Ginásio Municipal Tancredo Neves como funcionário da Prefeitura. Contudo, ele afirma que sua paixão sempre foi trabalhar com crianças, tanto é que teve uma escolinha de futebol durante um período e pretende retomar isso no futuro.

Armiliato afirma que não tinha expectativa de tantos votos nesta que foi sua primeira eleição, mas que felizmente conquistou o apoio do povo. “Serei muito atuante. Eu sempre procurei orientar a todos sobre a drogadição e espero fazer um bom trabalho ali dentro. A população receberá a nossa resposta, até pelo voto de confiança que recebemos. Por isso vou trabalhar bastante”, admite o conselheiro.

O educador físico também tem uma relação política muito forte: é filiado ao PL, do vice-prefeito Valter Slayfer. Apesar disso, afirma não querer concorrer em 2020. “Desde o primeiro momento eu separei a política do conselho tutelar. Eu não tenho nenhuma vontade de ser vereador e isso nunca me passou pela cabeça. Nos próximos anos quero trabalhar com as crianças e não misturar as coisas”, conclui Armiliato.

Fernanda Maciel: A petebista (que também afirma não ter pretensões políticas) buscava uma reeleição e ficou com a última vaga, com 767 votos – 14 acima do sexto colocado – terá mais quatro anos de trabalho junto às crianças. Contudo, a conselheira tem outra pauta que defenderá nestes próximos anos: a ampliação do colegiado. Isso porque ela acredita que Alvorada precisa de mais conselheiros.

Segundo ela, além da necessidade humana, a legislação também fala que a cidade já deveria estar com o segundo colegiado em funcionamento. “O custo seria mínimo, se pensarmos o quanto gastamos com atendimentos, internações e crianças que tentamos propor uma vida melhor. A gente tem que trabalhar agora para diminuir os índices de criminalidade no futuro”, justifica a eleita.

A conselheira explica querer se aposentar nesta profissão (a legislação permite reeleições sem número máximo) devido ao seu amor pela causa. “Eu vou manter o mesmo trabalho feito nos últimos quatro anos. Não deixei a desejar no primeiro mandato e não deixarei no segundo. Seguirei com o mesmo empenho, até porque quem é conselheiro é por 24 horas por dia”, conclui Fernanda. 

Fonte! Chasque (reportagem) publicado nas páginas do Jornal A Semana de Alvorada (RS), na edição do dia 11 de outubro de 2019. Também acessível no galpão virtual. Abra as porteiras clicando em www.jornalasemana.net

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