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sexta-feira, 9 de abril de 2021

Problemas de descarte irregular de resíduos seguem sendo uma constante no município

Relatos de diversos bairros da cidade apontam para o problema recorrente


"A Rua Humberto de Campos também precisa de atenção por ter mais de um foco de lixo" (Foto: Guilherme Wunder)
O descarte irregular de resíduos é uma luta constante da Prefeitura. Isso independente da administração que por ali passa. Câmeras de videomonitoramento, Lei do Lixo, revitalização de espaços conhecidos como focos; são algumas das alternativas aplicadas pela Prefeitura para terminar com esses focos. Contudo, existem pontos que são tradicionais na cidade e difíceis de ser mudados.

Essa semana, a equipe de reportagem visitou dois locais que são tradicionais pontos de descarte irregular de resíduos. São eles: a Escola Estadual Osório e a Rua Humberto de Campos. Segundo relatos da comunidade, é frequente o registro de descarte de lixo e fica inviável manter o local com condições sanitárias e de trafegabilidade dos pedestres e veículos.

O parecer da comunidade

Já foram diversas matérias feitas sobre o entorno da Escola Osório, mas o problema nunca foi solucionado. “Solicitamos a limpeza e sempre somos atendidos. Eles vêm, limpam e permanece limpo no máximo três dias, não sabemos ao certo quem descarta. Tem lixo doméstico, restos de obras, pneus, animais mortos, móveis, galhos e troncos de árvores. É um problema constante”, relata a vice-diretora Vera Regina de Oliveira.

Contudo, ao percorrer pela cidade, Vera não vê muita diferença. “É uma questão quase que cultural. Pagam um carroceiro para se livrar do seu entulho e o lixo é descartado em qualquer local; não basta apenas trabalhar a questão de acondicionar e descartar nos dias de coleta, pois no entorno da escola, a coleta é realizada cedo e muitas pessoas perdem o horário e largam os sacos de lixo nas calçadas”, conta a professora.

Questionada sobre alternativas, ela explica que seria importante existir um local para descarte de materiais que os caminhões não recolhem. “Diminuiria a quantidade de lixo nas ruas e realizar uma campanha de conscientização com os adultos sobre a separação, acondicionamento e coleta. Nas salas de aula se trabalha com as crianças, mas acredito que esse trabalho tem que se estender aos adultos”, finaliza Vera.

Já na Rua Humberto de Campos. Lá também existem pontos tradicionais e que deixa os moradores em situações complicadas. “Está horrível. Cheio de ratos e temos que colocar ratoeira e veneno dentro de casa. Inclusive se avançando nos cachorros. Está uma coisa terrível e tive até que levar o meu cachorro na veterinária. Já tive até que pagar para colocar uma tela no meu portão para evitar o lixo”, relata Olinda Kronhardt.

Ela explica que sofre com problemas de saúde e, muitas vezes, precisa se expor devido a falta de serviços prestados da administração municipal. “Sou uma idosa de 78 anos que estou presa dentro de casa devido a pandemia. Estou com o pé quebrado e com problemas nos joelhos e nos braços. Estou impossibilitada de fazer e pagando para alguém limpar a minha casa”, confessa a aposentada.

Além disso, ela afirma que isso não é um caso de exceção, mas sim recorrente na região. “Com certeza não tivemos limpeza há pelo menos dois anos. A gente tem que se organizar para contratar terceiros e limpar a rua. A gente gasta o que não tem para limpar e a Prefeitura não vem aqui. São muito relaxados e não atendem a comunidade. A cidade era limpa no passado, mas hoje não mais”, finaliza Olinda.

Respostas do Executivo

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Serviços Urbanos (SEMSU). Segundo o secretário da pasta, José Luís Correa, os dois locais devem receber uma força-tarefa da Prefeitura já a partir de sexta-feira, 09/04. 

Fonte! Chasque (post) publicado nas páginas do Jornal A Semana de Alvorada, na edição do dia 09 de abril de 2021. 

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